terça-feira, 5 de março de 2013

ADMINISTRAÇÃO


A Administração é uma área do conhecimento fundamentada em um conjunto de princípios, normas e funções elaboradas para disciplinar os fatores de produção, tendo em vista o alcance de determinados fins (como maximização de lucros ou adequada prestação de serviços públicos).

A Administração pressupõe a existência de uma instituição a ser administrada ou gerida, ou seja, uma organização constituída de pessoas e recursos que se relacionem num determinado ambiente orientadas para objetivos comuns.

"Administração" é frequentemente tomada como sinônimo de "Administração de Empresas". Porém, isto somente faz sentido se  considerar o termo "empresa" como sinônimo de "organização" (os esforços humanos organizados, feitos em comum, com um fim específico, um objetivo). O mais adequado é considerar a Administração de Empresas uma subárea da Administração, uma vez que esta trata de organizações que podem ser públicas, sociedades de economia mista ou privadas, com ou sem fins lucrativos.

A necessidade de organizar os estabelecimentos nascidos com a Revolução Industrial levou os profissionais de outras áreas mais antigas e maduras a buscar soluções específicas para problemas que não existiam antes. Assim a aplicação de métodos de ciências diversas para administrar estes empreendimentos deu origem aos rudimentos da ciência da administração.

Desenvolvimento do conceito

Há Administração pode ser considerada uma disciplina científica. Quando assim considerada, é um ramo das ciências humanas, ditas sociais aplicadas, tratando dos agrupamentos humanos, mas com uma peculiaridade que é o olhar holístico, buscando a perfeita sinergia entre pessoas, estrutura e recursos. Diferencia-se das ciências puras por possuir um caráter prático de aplicação nas organizações. Há autores que consideram a Administração uma área interdisciplinar do conhecimento, uma vez que se utilizaria de métodos e saberes de diversas ciências, como Economia, Sociologia e Psicologia.

A Administração é uma área do conhecimento fundamentada em um conjunto de princípios, normas e funções elaboradas para disciplinar elementos de produção, tendo em vista o alcance de determinados fins. É impossível, portanto, falar em Administração sem falar em objetivos. Em síntese, o administrador é a ponte entre os meios (recursos financeiros, tecnológicos e humanos) e os fins (objetivos). Como elo entre os recursos e os objetivos de uma organização, cabe ao administrador combinar os recursos na proporção adequada e para isso é necessário tomar decisões constantemente num contexto de restrições, pois, nenhuma organização dispõe de todos os recursos e também a capacidade de processamento de informações do ser humano é limitada. Administrar envolve a elaboração de planos, pareceres, relatórios, projetos, arbitragens e laudos, em que é exigida a aplicação de conhecimentos inerentes às técnicas de Administração.

O trabalho administrativo

Pode-se considerar um executivo toda pessoa encarregada de uma organização ou de uma de suas subunidades, incluindo-se no conceito gestores de empresas estatais e privadas, administradores públicos (como prefeitos, governadores e chefes de repartições públicas), bem como administradores de organizações privadas sem fins lucrativos (como clubes e ONGs).

A profissão de administrador é historicamente recente e foi regulamentada no Brasil em 9 de setembro de 1965, data em que se comemora o Dia do Administrador. A semana do Administrador instituída pelo Administrador Gaston Schwabacher, comemorada do dia 2 a 9 de setembro.

Fayol foi o primeiro a definir as funções básicas do Administrador: prever, organizar, coordenar, comandar e controlar - POCCC. Atualmente, sobretudo com as contribuições da Abordagem Neoclássica da Administração, em que um dos maiores nomes é Peter Drucker, os princípios foram retrabalhados e são conhecidos como Planejar, Organizar, Dirigir e Controlar (PODC). Ressalte-se, então, que destas funções as que sofreram transformações na forma de abordar foram "comandar e coordenar" que atualmente são chamadas apenas de "dirigir" (Liderança). Henry Mintzberg contesta esta visão da atuação do administrador como dividida em funções processuais, propondo que este atue, na verdade, exercendo diversos papéis, sendo estes interpessoais (papel de líder, de contato e aquele ligado à imagem de chefe), informacionais (papel de monitor, de disseminador e de porta-voz) e decisionais (papel de empreendedor, de manipulador de distúrbios, de alocador de recursos e de negociador).

Teorias da Administração

A teoria geral da administração começou com a ênfase nas tarefas, com a administração científica de Taylor. A seguir, a preocupação básica passou para a ênfase na estrutura com a teoria clássica de Fayol e com a teoria burocrática de Max Weber, seguindo-se mais tarde a teoria estruturalista. A reação humanística surgiu com a ênfase nas pessoas, por meio da teoria comportamental e pela teoria do desenvolvimento organizacional. A ênfase no ambiente surgiu com a Teoria dos Sistemas, sendo completada pela teoria da contingência. Esta, posteriormente, desenvolveu a ênfase na tecnologia. Cada uma dessas cinco variáveis - tarefas, estrutura, pessoas, ambiente e tecnologia - provocou a seu tempo uma diferente teoria administrativa, marcando um gradativo passo no desenvolvimento da TGA. Cada teoria administrativa procurou privilegiar ou enfatizar uma dessas cinco variáveis, omitindo ou relegando a um plano secundário todas as demais.

Áreas da administração

Segundo o CFA (Conselho Federal de Administração), a Administração apresenta os seguintes campos de atuação:

  1. Administração e Seleção de Pessoal/Recursos Humanos
  2. Organização e Métodos/Análise de Sistemas
  3. Orçamento
  4. Administração de Material/Logística
  5. Administração Financeira
  6. Administração Mercadológica/Marketing
  7. Administração de Produção
  8. Relações Industriais/Benefícios/Segurança do Trabalho
  9. Campos campos considerados como Desdobramentos ou Conexos

Nenhum comentário:

Postar um comentário