quinta-feira, 7 de março de 2013

AIDS

Cientistas de todo o mundo vêm realizando minucioso trabalho de pesquisa, desde 1979, quando os primeiros casos foram diagnosticados nos EUA, para tentar descobrir, se não a cura, pelo menos em forma de atenuar o terrível mal denominado AIDS.

A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) é uma moléstia, comparada por cientistas, a uma bomba relógio, devido ao seu prolongado período de incubação, o que dificulta um rápido diagnóstico. Os sintomas mais comuns que podem demorar de três e nove anos para aparecer, são:


  • perda de peso e de disposição; 
  • febre
  • diarreia 
  • tosse
  • suor acentuado
  • tumores nas mucosas anal e oral (herpes) 
As quais se assemelha a uma série de outras doenças muito mais frequentes em nosso meio. Esse período dura, em alguns casos até 6 meses, só então se instala a doença com todas as suas manifestações que evoluem para o quadro final: infecções generalizadas causadas por germes oportunistas (fungos, bactérias, vírus, protozoários), resultando numa grave pneumonia atípica. Os tratamentos microbianos não impedem o desfecho final - a inevitável morte - que pode ocorrer em dois meses  ou em cerca de alguns anos (cinco no máximo) após a constatação. 


Avanços Científicos

Em 1983, o cientista francês, Luc Montagnier, do Instituto Pasteur, de Paris, isolou o vírus causador da AIDS, o HIV. Pesquisas realizadas com o antiviral AZT (azidotimidina), capaz de impedir a penetração do vírus nas células defensivas do organismo (a droga mais usada contra a doença), evoluíram ao ponto de  proporcionar um certo alívio  aos portadores que ainda não manifestaram  os primeiros sintomas da AIDS.

No início dos anos 90,  foi descoberto um derivado do AZT,  capaz de bloquear a multiplicação das células contaminadas  e proporcionar uma melhora temporária no estado geral de saúde do aidético  que apresenta os sintomas da Síndrome. Contudo novas variedades do vírus, resistentes ao AZT, surgiram. Mas os fatores que levam o vírus a desenvolver  a Síndrome rapidamente em alguns  e encubar-se durante  anos em outros, são desconhecidos.

Em 1996 pesquisadores e cientistas desenvolveram o chamado "coquetel de drogas" , uma combinação de vários medicamentos capazes de inibir a a reprodução do vírus, dentro do organismo. A condição de vida dos pacientes apresentou significativa melhora,  a curto prazo, após a administração do coquetel, o qual, porém, não é totalmente eficaz no combate ao HIV. Em alguns pacientes submetidos a esse tratamento, um ano após, foram encontrados sinais do vírus. As esperanças diminuíram quando as equipes de pesquisadores  descobriram que o vírus podia se esconder nas células sadias, mesmo quando os pacientes não apresentavam sinais  do vírus por mais de dois anos. Embora a ação do vírus possa ser controlada, o paciente é obrigado a tomar o coquetel por tempo indeterminado e, como seu custo é alto, o tratamento muitas vezes não é adotado entre os mais pobres.

Prognóstico

A ineficácia do coquetel, a resistência do virús  ao AZT e seus derivados, as dificuldades que surgem na procura da cura, aliadas ao crescente numeros de casos (cerca de 16 mil novos casos por dia segundo a Organização Nacional de Saúde e o Programa de AIDS da ONU), levaram os cientistas a concluirem que não existe meios de controlar a AIDS, nem mesmo nas próximas décadas. O que a transformará na primeira causa de morte nos países em desenvolvimento  nas primeiras duas décadas do século XXI.




EVOLUÇÃO DA AIDS NO BRASIL


No Brasil no total de infectados, 78% são homens e 22% mulheres. As principais formas de transmissão do mal são por relações sexuais (51% dos casos)  e pelo uso de drogas injetáveis (17% dos casos). As cidades que registram o maior número de casos são: São Paulo (24,2%), Rio de Janeiro (9,9%)  e Porto Alegre (3,4%). 







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