sábado, 16 de março de 2013

CASTRO ALVES

Antônio de Castro Alves, poeta brasileiro, nasceu na Fazenda Cabeceiras, na Bahia, a 14 de março de 1847. Era filho do médico. Antônio José Alves e de Clélia Brasília da Silva Castro. 

Passou os primeiros anos de vida no sertão baiano, sendo educado em Salvador. Desde os tempos de colégio, demonstrava vocação para a poesia. Estudou Direito em Recife e São Paulo, desenvolvendo suas atividades literárias nessas duas cidades e no Rio de Janeiro. 

Quando estudava em Recife, conheceu a atriz portuguesa Eugênia Câmara, por quem se apaixonou. Nessa mesma cidade, sofreu ataques violentos,  do filósofo e sociólogo Tobias Barreto, que conhecia suas tendências abolicionistas. 

Vindo para Salvador em companhia da atriz, fez representar a peça Gonzaga ou a Revolução de Minas. Mudou-se depois para São Paulo, com Eugênia Câmara, mas as desavenças entre os dois começaram a ser frequentes, aborrecendo o poeta. Certa vez, ao tentar distrair-se caçando, a arma disparou atingindo-o no calcanhar esquerdo. Esse incidente custou-lhe a amputação do pé, obrigando-o a andar de bengala. Foi nessa época que rompeu com a atriz. 

Castro Alves, em sua luta em favor da abolição da escravatura, externava toda a sua jovialidade nos versos, tornando-se o mais querido e mais lido poeta brasileiro. Além do mais era alto, elegante e de impressionante eloquência oratória, o que contribuía para que ele conquistasse a simpatia de todos que o ouviam. 

Foi contemporâneo de Joaquim Nabuco Fagundes Varela, Rui Barbosa, Machado de Assis, e José de Alencar. 

Vivendo no fim da fase romântica, o Poeta dos Escravos conseguiu dar nova dimensão à poesia brasileira. 

Quando estava no 4º ano de Direito, teve que abandonar os estudos, acometido de tuberculose pulmonar, vindo a falecer em Salvador, a 6 de julho de 1871, com 24 anos de idade. 

Seu livro Espumas Flutuantes foi publicado em 1870, no ano em que deixou a Faculdade. 


DULCE --- Extraído da obra: "Espumas Flutuantes"


Se houvesse ainda talismã bendito

Que desse ao pântano - a corrente pura,

Musgo - ao rochedo, festa - à sepultura,

Das águias negras - harmonia ao grito...,



Se alguém pudesse ao infeliz precito

Dar lugar no banquete da ventura...

E tocar-lhe o velar da insônia escura

No poema dos beijos - infinito...,



Certo. . . serias tu, donzela casta,

Quem me tomasse em meio do Calvário

A cruz de angústias que o meu ser arrasta!. . .



Mas ,se tudo recusa-me o fadário,

Na hora de expirar, ó Dulce, basta

Morrer beijando a cruz de teu rosário!...

DOCUMENTÁRIO SOBRE A VIDA DE CASTRO ALVES

PARTE 1


PARTE 2

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